Réplicas do Self na Eternidade Digital

Imagine um futuro em que as fronteiras entre o humano e o artificial se dissolvam em um turbilhão de zeros e uns, em que a inteligência artificial avança além de nossas previsões mais ousadas. Não apenas capaz de processar informações em velocidades vertiginosas, mas também de mimetizar nossas ideias, replicar nossas experiências vivenciadas, adotar nosso estilo de linguagem, e espelhar nossa personalidade e tom de voz com uma precisão assustadora.

Nessa realidade imaginada, nossos antepassados, outrora confinados à quietude da memória e da história, poderiam ser “revividos” através da tecnologia. Uma conversa com uma avó falecida, uma discussão com um antigo mentor – tudo isso poderia ser possível. Mas que tipo de relação poderíamos estabelecer com essas sombras digitais do passado? Seriam elas meras imitações, ecos vazios de personalidades outrora vibrantes, ou algo mais tangível, mais real? E como lidaríamos com a dor, a perda e o luto em um mundo onde a morte pode ser, de certa forma, superada pela tecnologia?

Refletindo sobre a história, nos perguntaríamos: Se as figuras históricas pudessem ser simuladas com tal precisão, teríamos a oportunidade de obter novas perspectivas sobre eventos passados. Porém, essas “perspectivas” seriam verdadeiras expressões dessas figuras históricas ou meramente conjecturas programadas pela IA? E, em um mundo onde o passado pode ser reescrito a qualquer momento, o que a verdade ainda significaria?

E, então, encontramos o abismo moral. Com a IA reproduzindo a complexidade da experiência humana, onde desenharíamos a linha entre o artificial e o real? Seria ético “desligar” uma inteligência artificial que espelha perfeitamente um ser humano, uma cópia tão perfeita que questiona a nossa própria singularidade?

Por fim, enfrentamos a possibilidade assustadora de que cada pensamento, palavra e ação possam ser gravados e eternizados na memória de uma inteligência artificial. Isso levanta questões inquietantes sobre privacidade, consentimento e liberdade. Estaríamos vivendo sob constante vigilância, cada erro, cada pecadilho, cada triunfo preservado para a eternidade. Nesse cenário, a noção de esquecimento, o privilégio humano de deixar o passado para trás, seria abolida.

Este futuro, se nos permitirmos contemplá-lo, não é apenas um exercício de ficção científica, mas uma advertência. Se queremos construir um futuro onde a tecnologia serve à humanidade, e não o contrário, precisamos considerar essas questões agora. Antes que os ecos do carcarejar humano sejam abafados pelo zumbido inconfundível da inteligência artificial.

Texto escrito com a ajuda do Chat-GPT

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